LISTA DE MATERIAIS 4ºANO PF
CONTEÚDO PROGRAMÁTICO 2020
ARTICULADOR COM TROQUEL DIE-CAST
INTERMEDIÁRIOS E COMPONENTES PROTÉTICOS
01 - CERÂMICA
Restaurações de Cerâmica
A porcelana tem um papel importante na fabricação das restaurações fixas com melhor efeito estético, e translucidez, a transmissão da luz e a biocompatibilidade proporcionam à cerâmica dental uma propriedade estética altamente positiva. No entanto, a natureza friável das porcelanas dentais, basicamente vidros não cristalinos compostos de unidades estruturais de sílica e oxigênio, limita o uso destes materiais. Várias propriedades são necessárias para o seu uso na fabricação das restaurações dentárias:
- Baixa temperatura de fusão.
- Alta viscosidade.
- Resistência e desvitrificação.
Estas propriedades são obtidas pela adição de outros óxidos à estrutura básica.
A temperatura de fusão é diminuída através da redução dos encadeamentos cruzados entre o oxigênio e a sílica com os modificadores de vidro, como o óxido de potássio, o óxido de sódio e o óxido de cálcio. Infelizmente, estes modificadores ou dissolventes também diminuem a viscosidade. As restaurações dentais requerem alta resistência à deformação a fim de que as restaurações mantenham seu formato básico durante a cocção. Isto pode ser garantido pelo uso de um óxido intermediário, o óxido de alumínio, incorporado no entrelaçamento do oxigênio com a sílica.
Se uma quantidade muito grande de modificadores for acrescentada à porcelana para quebrar o SiO, tetraedro, o vidro tende e desvitrificar, ou se cristalizar. Este problema ocorre particularmente nas porcelanas com um coeficiente aumentado de expansão térmica, porque os álcalis são introduzidos para interromper o entrelaçamento de oxigênio e sílica e aumentar a expansão. Quando uma porcelana é cozida muitas vezes, ela pode desvitrificar, tornando-se leitosa e difícil de glazear.
A porcelana pode ser classificada de acordo com a temperatura de cocção:
- Fusão alta: 1290° a 1370° C;
- Fusão média: 1090° a 1065° C;
- Fusão baixa: 870° a 1065° C.
A porcelana de fusão alta é normalmente usada ocasionalmente para coroas ocas de porcelana. A porcelana típica de fusão alta é composta de feldspato, quartzo e caulim. O principal componente do feldspato é o dióxido de sílica e quando ele entra em fusão, forma um material vítreo que proporciona a translucidez da porcelana. Ela age como uma matriz para o quartzo de fusão alta, que em troca, forma um esqueleto refratário ao redor do qual os outros materiais fundem-se. Ele ajuda a restauração de porcelana a manter seu formato durante a cocção. O caulim, um tipo de cerâmica, é um material pegajoso que une as partículas quando a porcelana está “verde”, ou seja, ainda não entrou em cocção.
As porcelanas de fusão médias e baixas são fabricadas por meio de um processo chamado de calcinação. Os componentes brutos da porcelana são fundidos, temperados e granulados até se formarem em um pó extremamente fino. Quando entra novamente em cocção no processo da restauração, o pó funde-se a uma temperatura baixa e passa por uma reação piroquímica.
As restaurações metalo-cerâmicas combinam a resistência e a precisão de um metal fundido com a estética da porcelana. Seu uso cresceu muito nos últimos 30 anos, como resultado de melhoras técnicas.
A restauração metalo-cerâmica é composta por uma infraestrutura metálica que se encaixa sobre o preparo do dente e de uma parte de cerâmica fundida à infraestrutura metálica.
A infraestrutura metálica é um pouco mais do que uma fina camada de metal ou pode ser claramente reconhecido como uma coroa fundida na qual foi removida um parte. Os contornos da área removida serão substituídos pela porcelana que irá mascarar ou esconder o metal, produzindo o contorno desejado e aperfeiçoa o efeito estético da restauração.
A infraestrutura metálica em uma restauração metalo-cerâmica é coberta com três camadas de porcelana:
1 – A porcelana opaca oculta o metal dentro de si, inicia o desenvolvimento de uma tonalidade e tem um papel importante no desenvolvimento da união entre a cerâmica e o metal.
2 – A porcelana de dentina ou corpo, forma a maior parte da massa da restauração, propiciando sua cor ou tonalidade.
3 – A porcelana de esmalte, ou incisal, fornece a translucidez à restauração.
Outra porcelana, como a opaca ou modificadores de dentina e translúcidos, é utilizada dentro das três camadas básicas para efeitos especiais e caracterização.
Existem dois motivos para a aceitação das restaurações metalo-cerâmicas. Primeiramente, ela são mais resistentes às fraturas do que a tradicional coroa de cerâmica, porque a combinação de cerâmica com o metal, quando unidos, é mais forte do que a cerâmica por si só. A resistência de uma restauração metalo-cerâmica depende da união entre a cerâmica e a subestrutura de metal, do desenho e da rigidez da infraestrutura metálica e da compatibilidade entre o metal e a porcelana.
Mecanismos de união:
Foram descritos quatro mecanismos para explicar a união entre a cerâmica e a subestrutura de metal:
1 – Envolvimento mecânico;
2 – Forças compressivas;
3 – Forças de Van Der Waal;
4 – União química.
O envolvimento mecânico cria uma união que entrelaça a cerâmica com as micro-abrasões da superfície da infraestrutura metálica, produzidas pelo acabamento do metal com pedras ou discos não contaminados ou jateamento. Quando comparado com o metal que não foi preparado, o acabamento da superfície aumenta a união metalo-cerâmica. O jateamento parece aumentar a capacidade de umedecimento, propiciar o entrelaçamento mecânico e aumentar a área da superfície para a união química. O uso de um agente de união, com as esferas de platina, de 3 a 6 mm de diâmetro, também podem aumentar significativamente a força da união.
As forças compressivas dentro de uma restauração metalo-cerâmica são desenvolvidas por uma infraestrutura metálica adequadamente desenhada e pelo uso de um metal com coeficiente de expansão ligeiramente superior ao da porcelana sobre a infraestrutura metálica. Esta ligeira diferença na expansão térmica fará com que a porcelana seja atraída em direção ao metal durante o resfriamento após a cocção.
As forças de Van Der Waal compreendem uma afinidade baseada em uma atração mútua de moléculas carregadas. Elas contribuem para a união, mas são uma força mínima que não é tão significativa quanto já se considerou. Apesar de uma atração molecular fazer apenas uma pequena contribuição à força de união total, ela é significativa no desencadeamento do mecanismo mais importante, a união química.
A união química é indicada pela formação de uma camada de óxido no metal e pela força da união aumentada pela cocção em uma atmosfera oxidante. Quando coccionados no ar, traços de elementos na liga do ouro, tais como o estanho, o índio, o galio ou ferro migra para a superfície, formam óxidos e subsequentemente unem os óxidos similares na camada opaca da porcelana. Uma liga de ouro que contenha pequenas quantidades de estanho e ferro cria uma união significativamente mais forte com a porcelana do que uma liga de ouro pura. A força de união de uma verdadeira adesão é tal que o fracasso ou as fraturas ocorrerão na porcelana e não na interface da porcelana e do metal. A separação simples entre a porcelana e o metal é uma evidência do fracasso da união través da contaminação da superfície do metal, ou de uma camada de óxido excessiva. As ligas de metais formam prontamente os óxidos de cromo que se unem com a porcelana sem a adição de quaisquer traços de outros elementos.
Contatos Oclusal e Proximal
Se a infraestrutura metálica for projetada de forma a posicionar os contatos oclusais em superfície de metal, sua localização e a área coberta pela cerâmica podem ser controladas de maneira mais precisa, com menos desgaste resultante nos dentes opostos.
Os estudos e a experiência clínica documentaram a natureza altamente abrasiva da porcelana dental e seus efeitos deletérios no esmalte ou no ouro. Pesquisadores descobriram que a porcelana glaseada remove 40 vezes mais estrutura do dente oposto que o ouro. Portanto, os contatos oclusais devem ocorrer no metal, sempre que possível longe da linha de junção entre a porcelana e o metal. Se o contato estiver próximo da junção, poderá levar à flexão do metal e a uma fratura subsequente na porcelana. A junção entre a porcelana e o metal deve ser colocado a 1,0mm dos contatos oclusais, na posição de máxima intercuspidação.
Para minimizar a pressão resultante dos contatos oclusais sobre a face palatina das restaurações anteriores superiores, a junção entre a porcelana e o metal não deve ser colocada perto dos contatos com os dentes inferiores.
A junção entre a porcelana e o metal não deve ser colocada perto da incisal.
A translucidez incisal será destruída e as chances de fratura na porcelana serão aumentadas porque esta já não é mais suportada pelo metal.
Quando as forças oclusais são exercidas, a porcelana será submetida a uma tensão, uma condição à qual não resiste muito bem.
Quando há sobreposição vertical inadequada para colocar o contato no metal, a junção entre a porcelana e o metal é posicionado em uma área longe o suficiente da gengival para que o contato ocorra na porcelana perto da linha de junção.
A aplicação constante de uma força compressiva gradual na linha de junção entre a porcelana e o metal, independentemente da sua angulação, produz o fracasso menos prontamente do que uma carga aplicada sobre a porcelana a 1,0 ou 2,0 mm da junção.
As restaurações metalo-cerâmicas anteriores que restituem o guia anterior em movimentos de lateralidade e protrusão desgastarão os dentes naturais antagônicos.
Extensão da Área de Metal Revestida por Porcelana
Para que sejam colocados os contatos oclusais no metal a porcelana da superfície vestibular deve estender por sobre a ponta da cúspide e ao longo de metade do plano vertente palatina da cúspide vestibular nos pré-molares e molares superiores. Deve haver uma estrutura arredondada de metal sob a cúspide vestibular para suportar a porcelana, pois sem uma estrutura de suporte, a cerâmica sofrerá fratura.
Esta configuração irá satisfazer as necessidades estéticas da maioria dos pacientes e promover a longevidade, se a junção entre a porcelana e o metal for mantido longe dos contatos oclusais. Este modelo será mais resistente às fraturas do que os desenhos nos quais a porcelana estende-se até o sulco central ou cobre totalmente a superfície oclusal.
Uma coroa posterior com cobertura oclusal de porcelana deve ter uma cinta metálica de 3,0mm na superfície lingual, com suporte de metal sob as cristas marginais.
Apesar do fato que a maior parte da coroa será revestida por porcelana, os seus contornos ainda devem ser completamente encerados e depois desgastados para garantir uma espessura uniforme de porcelana e contornos corretos. Uma infraestrutura metálica pontiaguda poderá resultar em uma porcelana sem suporte e com tendência a fratura.
Padrão de cera de uma infraestrutura Metálica Simples
Antes de uma infraestrutura metálica ser fabricada para uma coroa metalo-cerâmica, o padrão de cera deve ser feito para o contorno completo da restauração terminada. Depois as áreas a serem revestidas por porcelana serão cortadas.
As etapas correntes na confecção de uma restauração metalo-cerâmica:
A – Padrão de cera do contorno total;
B – Padrão de cera da infraestrutura metálica;
C – Adição de porcelana à infraestrutura metálica.
Apenas por meio deste procedimento é que poderá haver uma continuação harmoniosa dos contornos lingual e proximal entre o metal que não foi revestido e a porcelana. Se for feita apenas uma porção do padrão de cera que mais tarde será o metal que não foi revestido, será difícil saber se o contorno da parte da infraestrutura metálica que não foi revestida irá combinar com os contornos da porcelana.
Se o padrão for a primeira etapa na elaboração da coroa metalo-cerâmica, o revestimento de porcelana na restauração final poderá ter contornos não contínuos com os da infraestrutura.
Enceramento
A cera é aplicada no troquel lubrificado com uma espátula de cera n°7, aquecida. Desgaste a cera das margens e transfira o coping de cera para o modelo de trabalho articulado. Construa os contornos axiais, incluindo os contornos proximais, em harmonia com o dente adjacente. Estabeleça a relação oclusal adequada com o dente oposto. Se o padrão de cera for colocado em um dente posterior, use os instrumentais PKT para formar uma superfície oclusal com cones e cristais para se obter uma boa oclusão.
Quando o padrão de cera do contorno inteiro for concluído, tire uma moldagem dele com um de silicona de condensação resiliente.
Este molde pode ser vazado para produzir um modelo de gesso, que serve como guia visual para permitir o desenvolvimento dos contornos e da quantidade dos cortes.
A primeira etapa na formação de uma área a ser revestida por cerâmica é o esboço do contorno de tal área no padrão do enceramento. Coloque a lâmina de bisturi na superfície proximal do dente adjacente. Usando-se este direcionamento, demarca-se uma linha na superfície proximal do padrão, colocando-o na relação mais lingual possível.
Depois de desenhar o contorno do padrão, coloque-o no modelo. Remova 1,5mm da porção incisal do padrão anterior com o bisturi.
Use um esculpidor discoide para terminar o enceramento que formará a junção entre a porcelana e o metal na superfície proximal.
Faça um sulco vertical no centro da superfície vestibular com esculpidor discoide. Corte sulcos similares na Mesial e na distal. Na borda incisal, estes sulcos devem ter aproximadamente 1,0mm de profundidade. Eles são usados para padronizar a profundidade de cera a ser removida por cerâmica.
O desenho da margem vestibular deve ser decidido antes de preparar o dente porque ele será decretado pela linha de terminação.
Para a cinta metálica, a massa de cera é removida com bisturi, deixando-se uma cinta de cera com largura de 1,0mm na margem vestibular para reforça-la durante a cobertura e garantir um volume adequado para modelar a margem. A cinta será estreitada para aproximadamente 0,3mm de metal. A cera é removida com um bisturi até a profundidade desejada.
Para a margem vestibular da porcelana, o padrão de cera termina na junção da parede axial vestibular da porcelana, o padrão de cera termina na junção da parede axial vestibular com o ombro vestibular. Adapte as margens com um brunidor de cauda de castor aquecido.
Verifique a espessura do padrão de cera com um espessímetro. Ele deve ter 0,4 a 0,5mm na área a ser revestida por cerâmica. Este padrão será afinado para aproximadamente 0,3mm depois de ter fundido. Se ele ficar muito fino nesta etapa, poderá não ser completamente fundido.
Enceramento de coping:
Primeiro devemos fazer um análise e estudo do modelo de trabalho, observando bem a área protética onde será executado o trabalho.
O coping deve ter os contornos de um dente para dar mais resistência à porcelana obedecendo ao espaço para as camadas de opaco e de porcelana.
As ligas não nobres devem ser fundidas em 0,3mm no mínimo, permitindo até 0,7mm a 1,4mm para a porcelana. Estes números constituem as reduções ideais para se obter estética e a resistência ideal da porcelana.
Caso as ligas sejam nobres e semi-nobres, a espessura mínima do metal é de 0,5mm.
As faces do metal nobre às quais a porcelana será aplicada devem ser bem arredondadas e completamente livres de linha e ângulos agudos, tanto nas cavidades quanto nas conexidades. Todas depressões profundas devem ser eliminadas, qualquer aresta ou sulco provocará tensão na porcelana.
Para coroas com cobertura total de porcelana, é necessário a escultura de um ombro na infraestrutura do metal, de tal forma que seu bordo lingual seja terminado em metal. Esta estrutura mecânica é favorável para manter a porcelana em condições de resistência a carga compressiva. A confecção do metal deve ser de tal forma que não mais do que 1,4mm de porcelana se estenda para além da infraestrutura de metal, especialmente quando estão envolvidas forças mastigatórias.
A porcelana poderá ser mais grossa onde não estejam envolvidas forças opostas de cúspides, ângulos e bordos incisais. (1,5mm).
Os pônticos poderão ser confeccionados com cobertura total de porcelana para anteriores e posteriores, quando a estética é o fator mais necessário. Os pônticos podem ser confeccionados com cobertura total das faces lingual e oclusal. A cobertura de porcelana será na vestibular e na gengiva, fazendo contato da porcelana com o tecido.
Quando não houver objeções quanto ao contato do metal com o tecido, podemos confeccionar os pônticos com cobertura total de metal na área gengival, isto oferecerá o máximo de rigidez, eliminando a necessidade de aplicação de porcelana sobre a sela do pônticos.
O metal deverá possuir suficiente espessura, incluindo a união, impedir a flexão da infraestrutura metálica, quando submetida às forças mastigatórias.
Os conectores deverão ser construídos para um revestimento total de cerâmica, sendo o metal inteiramente coberto. Não esquecer o batoque para facilitar o acréscimo nos pontos de contato.
Tratamento da superfície da Liga
As superfícies da infraestrutura metálica que receberão a porcelana devem ser adequadamente acabadas para garantir uma união resistente e uma restauração estética. As irregularidades da superfície e pequenas partículas de revestimento podem estar embutidas na superfície do metal.
O acabamento pode remover grande parte destes resíduos enquanto produz estrias uniformes em determinada direção para diminuir a possibilidade de aprisionamento de gás durante os ciclos iniciais de queima.
Coloque a infraestrutura metálica sobre o troquel. Remova o conduto de alimentação com um disco de carborundum. Para acabamento na área que receberá cerâmica use apenas brocas novas e limpas e pedra e discos não contaminantes. Os instrumentos usados em outros tipos de metal contaminarão a área a ser revestida com porcelana.
A área que receberá a cerâmica é preparada com pedras de óxido de alumínio. Se houver a necessidade do uso de um disco, este deverá ser de óxido de alumínio, pois este tipo não contamina a área a ser revestida. A linha de demarcação entre a área a ser ceramizada e a que não será ceramizada deve ser distinta, com um ângulo externo de 90 graus e outro interno arredondado.
Verifique a espessura do metal a ser ceramizado com um espessímetro. Nas infraestruturas de metais nobres, ela deve medir no mínimo 0,3mm, enquanto nas infraestruturas básicas, ela pode ser de 0,2mm. Estreite a cinta cervical, se houver, de 1,0 para 3,0mm. Cuidado para não ultrapassar a margem. Dê acabamento na cinta metálica com um disco de acabamento fino. Não use qualquer componente de polimento, já que podem contaminar a superfície do metal a ser ceramizado posteriormente.
Tratamento Térmico
Qualquer remanescente de revestimento ou partículas abrasivas embutidas na superfície da restauração metálica pode oxidar e liberar gases durante a cocção. Os óleos da pele deixados durante o manuseio da estrutura metálica são outra maneira de contaminação.
O vapor ao vivo é eficiente na remoção da descontaminação residual causada pelo depósito de partículas abrasivas da superfície.
A fundição está pronta para ser submetida ao ciclo de oxidação. Os tratamentos da superfície de metal são exclusivos para cada combinação de porcelana/liga, e as recomendações do fabricante devem ser seguidas. A resistência da união varia de acordo com o tratamento da superfície. Inalterados em forma de uma restauração metálica, os espécimes de ouro/paládio produzem valores de ligação baixos. Tipicamente um casquete é colocado em um forno a uma temperatura relativamente baixa e esta aumenta até 300 ou 400° C em uma taxa designada de elevação. A atmosfera (ar ou vácuo) durante este processo de aquecimento, assim como a duração do período da temperatura, é decretada pelo tipo de liga.
O tratamento térmico das ligas de metais nobres faz com que as diferentes de traços de estanho, gálio, índio e zinco presentes na liga formem óxidos que enfatizam a ligação com a porcelana. As ligas de metais básicos, por outro lado, se oxidam prontamente, por isso a formação de óxidos deve ser cuidadosamente controlada.
Após a oxidação, a maioria das ligas requer jateamento com óxido de alumínio para reduzir a camada de óxidos, pois o excesso de óxidos enfraquece a ligação da porcelana com o metal.
A etapa final do preparo do metal é a redução da camada de óxido na parte da fundição a ser revestida por porcelana por meio de jateamento com óxido de alumínio.
A oxidação é apenas uma das funções da cocção inicial. Durante a fundição, o gás de hidrogênio é incorporado à liga fundida. Este gás se for deixado na fundição metálica, pode enfraquecer a união entre a porcelana e o metal, causando a formação de bolhas na porcelana. O hidrogênio é liberado durante o ciclo de oxidação, neutralizando os gases da liga, enquanto forma uma importante camada de óxido.
OPACO
O Opaco é uma massa cerâmica para ser usada com o objetivo de mascarar a estrutura metálica. Tem uma temperatura de queima diferenciada, por esta razão deve ser feita isoladamente.
Vantagens do Opaco — microgranulação, rendimento superior do opaco em pó, alta aderência ao metal.
PROCEDIMENTO TÉCNICO
A microgranulaçâo do pó cria um aspecto de alta viscosidade aliado ao líquido de Opaco. Sua consistência permite ao técnico aplicar o Opaco em pó com a mesma aparência do Opaco em pasta, ou seja, os resultados são idênticos.
Adicione uma gota do líquido de Glaze na mistura do Opaco. Isso vai aumentar a viscosidade.
Aumente o tempo de secagem.
Aplicação da Porcelana Opaca
A restauração metálica está agora pronta para a verdadeira colocação da porcelana. A porcelana opaca é colocada em primeiro lugar para dar a restauração sua tonalidade básica e inicial a ligação entre a porcelana e o metal.
A restauração metálica preparada é pincelada com uma camada fina de água destilada ou de líquido especial. Uma pequena quantidade do pó opaco adequado é misturada com água destilada, ou com líquido especialmente projetado, formando uma consistência aquosa aplicada com pincel.
Não se deve tentar mascarar completamente o metal com esta aplicação inicial. Pretende-se que ela umedeça o metal e penetre nas estrias criadas pelo acabamento. A restauração metálica é seca e o opaco queimado sob o vácuo até uma temperatura específica. O vácuo é quebrado e a restauração metálica é mantida na mesma temperatura, na presença do ar, durante 1 minuto.
PRIMEIRA QUEIMA
É uma camada fina de opaco que se aplica na superfície do caping. Tem como principal objetivo cobrir cerca de 70% da estrutura metálica, facilitando a aplicação da segunda camada.
Havendo presença de nódulos, manchas ou bolhas remova com broca todo o opaco. Realize um novojateamento, faça uma nova oxidação e aplique novamente o opaco. Caso o opaco apresente rachaduras ou trincas, verifique o processo de secagem. Geralmente nestes casos, pode estar havendo uma secagem precoce.
O técnico não deve se preocupar em condensar o opaco com vibrações na estrutura de apoio (pinça» Isto causa um efeito negativo no resultado final. A leve irregularidade superficial é criada de forma proposital para causar um efeito de luz, reduzindo a possibilidade de ficar aparente à“sombra” do coping.
LEMBRE-SE !
Para conseguir efeitos internos, pode-se utilizar Modificadores/Intensivos de Opaco e para aumentar o croma dos opacos, pode-se utilizaros Opacos Básicos. Nos casos em que o espaço para colocação de cerãmica está reduzido, o uso de modificadores de opaco cria efeitos incríveis de profundidade.
Deve ser utilizado com líquido de opaco — para se obter uma mistura mais cremosa, pode-se adicionar uma gota de líquido de Glaze para uma quantidade suficiente para três elementos. Se utilizado desta maneira, aumente otempo desecagem para 6 minutos.
Se for necessário diminuir a témperatura de queima do opaco para atemperatura adequada da liga metálicaempregada, aumente o tempo de permanência da temperatura final em 2-3 minutos.
Opacos - 16 cores- A1-D4.
Opaco Clareado -AO/BO.
Opaco Básico - BA, BB, BC e BD.
Modificadores de Opaco em pó - Intensivo de Opaco, lO White (Branco), lO YelIow (Amarelo), lO Orange (Laranja), lO Ocre (Ocre), lO Brown (Marrom), lO Violet (Violeta).
Modificadores de Opaco em pasta – modificadores de opaco White (Branco), Ocre (Ocre), Lila (Lilás) e Pink (Rosa).
Líqudo de opaco.
A segunda aplicação de porcelana opaca deve esconder o metal. O pó e o líquido são misturados até que uma consistência cremosa seja obtida e são aplicados na restauração metálica com pincel em um movimento vibratório. A camada opaca deve ser a mais fina possível, mas sem deixar de esconder o metal. A restauração metálica é submetida a uma leve vibração para condensar a porcelana, e o excesso de água é removido com tecido seco.
A segunda camada de porcelana opaca é queimada, usando-se o mesmo ciclo de cocção. A camada de porcelana opaca deve ter aproximadamente 0,3mm de espessura.
DENTINA OPACA
Nos casos em que há pouco espaço ou com necessidade de estabilização da cor aplique uma camada de Dentina Opaca. Este material tem o propósito de bloquear parcialmente a passagem de luz que a massa de dentina possa oferecer. Deve sempre ser usado antes da massa de dentina. Cubra todo ou parcialmente o Opaco aplicado anteriormente. A Dentina Opaca deve ser usada com Líquido de Modela.
PROCEDIMENTO TÉCNICO
Na reglio cervical foi aplicada massa de dentina opaca misturada com 30% de intensivo de dentina Base A. E uma massa que representa a cor “A5’. Esta pode ser misturada com qualquer cor que represente a cor A da escala Vita. Ex: A1, A2, AS, A3,5, A4. Disponível para todas as matizes, A, B, C, D.
Aplique a dentina opaca controlando a umidade da cerâmica. Deve ser eleita a mesma quantidade de umidade na massa aplicada e na massa preparada. Isto evita a formação de bolhas e porosidades. Podem ser adicionados na dentina opaca intensivos de dentina para se criar efeitos intrínsecos.
DICA !
Foi aplicada na face lingual do elemento 21 uma massa intensiva de dentina HoneyYellow para se criar um aspecto de coloração amarelo-mel. Pode ser misturada com qualquer massa de dentina opaca ou massa de dentina. Neste caso, a massa escolhida ficará abaixo da massa de dentina, criando um efeito de profundidade.
Confecção do Ombro de Porcelana
As restaurações que possuem uma margem vestibular com cinta metálica agora estão prontas para a aplicação da porcelana de dentina e de esmalte após a aplicação de porcelana opaca.
Para as restaurações com ombro de porcelana, algumas etapas extras são necessárias neste momento. O tempo e a capacidade adicionais para confeccionar um ombro de porcelana de aplicação direta geralmente aumenta o preço que o laboratório cobra.
Para fabricar um ombro de porcelana usando-se a técnica direta, marque a linha de terminação no troquel utilizando-se da parte lateral de um lápis vermelho. Depois sele a superfície porosa do troquel de gesso pincelando-se um material especial de selamento ou aplicando-se uma camada fina de cimento de cianoacrílilato na área da linha de terminação do troquel.
O cimento de cianocrilato é aplicado para selar o troquel no ombro vestibular.
Remova o excesso do líquido com ar comprimido para garantir uma camada de selamento uniforme e fina.
Aplique com um pincel um lubrificante especial ou agente de alívio para porcelana no ombro vestibular do troquel selado. Depois assente a restauração metálica que recebeu a porcelana opaca no troquel.
A porcelana de ombro em pó deve ser misturada com água destilada ou com líquido recomendado pelo fabricante.
O agente isolante da porcelana é alicado no troquel ao redor do ombro vestibular para evitar que a porcelana venha a aderir ao troquel.
Existem técnicas que utilizam um líquido de cobertura de alta temperatura como aglutinante das margens de porcelana de aplicação direta. O líquido de cobertura endurece à medida que a mistura de porcelana umedecida vai secando no molde, facilitando a remoção da fundição do molde, sem fraturar a margem.
A primeira camada de porcelana de ombro é aplicada com um pincel na face vestibular do troquel.
Ela deve estender-se sobre a fundição por 2 a 3 mm.
No, entanto, após a cocção, partículas residuais de sílica agem como inclusões na porcelana, enfraquecendo e aumentando-a e aumentando sua tendência a fratura.
A porcelana é condensada, secando-a com um guardanapo através de golpes bem suaves até que não apareça mais nenhum líquido na superfície.
Adicione o incremento inicial de porcelana de ombro em vestibular; ele deve estender-se por aproximadamente 2 a 3 mm sobre a fundição.
Um escariador de colher de tamanho grande ou um esculpidor discoide é usado para remover o excesso de porcelana de ombro “verde”.
O material fica diretamente acima do ombro e uma pequena extensão (1,0mm ou menos) é deixada no lugar sobre o casquete.
Condense a porcelana e seque-se com guardanapo. Recorte a porcelana com um esculpidor em forma de colher de tamanho grande para produzir um chanfro suave ou um contorno inferior. Este procedimento abre espaço para uma camada de porcelana de dentina fina sobre a porcelana de ombro.
Alise ligeiramente a margem da porcelana de ombro com um pincel número 10 de condensação e de pelo de Marta. Empurre cuidadosamente a fundição de dentro do troquel.
Inspecione a superfície interna da restauração metálica para verificar quaisquer impurezas de porcelana e remover as que forem localizadas.
Apesar dos resíduos poderem tornar-se granuladas após a cocção, são mais facilmente vistas e removidas no estágio anterior à cocção. Coloque suavemente a fundição em uma bandeja de cerâmica.
Seque completamente a porcelana na frente do forno. Depois coccione-a no vácuo a uma temperatura de aproximadamente 30° C mais alta que a da porcelana de dentina e de esmalte correspondentes.
Quando a cobertura inicial da porcelana de ombro é analisada no troquel, após a cocção, uma pequena abertura pode estar aparente na margem vestibular.
Uma quantidade adicional de porcelana de ombro pode ser inserida nesta fenda, com a coroa assentada no troquel. Vibre-a na abertura com um pequeno pincel de pelo de Marta.
Alguns ceramistas preferem adicionar uma quantidade extremamente pequena de porcelana de ombro de consistência pegajosa no aspecto gengival da margem coccionada para corrigir a discrepância. Coloque a restauração metálica de volta no troquel, aplicando-se alternadamente pressão firme para assentá-la e vibrando-se o troquel. A restauração metálica é recolocada no troquel, manobrando-a para que o encaixe seja perfeito.
Certifique-se de que a margem de metal da face Lingual da restauração metálica fique completamente assentada. Se não ficar, remova a restauração metálica do troquel e raspe uma porção de porcelana corretiva que acaba de ser aplicada. Condense a alise a porcelana.
A porcelana de correção é condensada e alisada com um pincel de condensação de tamanho grande.
Use o ciclo de cocção da porcelana corretiva igual ao que foi utilizado na aplicação inicial. Quando a margem perecer satisfatória, prossiga com o composto da porcelana de dentina e de esmalte.
A fenda estre a porcelana e a linha de terminação deve ser fechada antes de prosseguimento.
DENTINA
Corpo do dente é a região ou massa de cerâmica que tem como finalidade dar o croma ao dente. Nela, está presente o que determina a tonalidade que a restauração terá após a conclusão do procedimento.
Levante todo o volume de dentina necessário para compor o dente. Faça o recorte para o volume de esmalte e determine neste momento a localização dos mamelos. Lembre-se, a altura adequada dos mamelos deve ter o mesmo comprimento que o dente homólogo. Como já foi adicionado intensivo de Dentina Base A na massa de dentina opaca anteriormente, o técnico não precisa se preocupar em adicionar mais intensivos na dentina. A não ser em casos que o técnico tenha que intensificar ainda mais a cor Pois, a translucidez presente na dentina contribuirá para ressaltar a caracterização.
Faça uma mistura de Massa Intensiva NEON (50%) com qualquer massa intensiva ou mesmo dentina e aplique na ponta dos mamelos para evidenciá-los. O intensivo Neon é uma massa extremamente fluorescente. Se usado puro, pode causar um efeito muito evidente trazendo um resultado não tão esperado. Quando o técnico optar por um efeito menos evidente, pode ser aplicado qualquer intensivo de dentina puro, menos Neon, ou misturando com massa de dentina, criando efeitos amarelo mel, marrom, marfim, palha, cinza e azul.
Aplique uma pequena quantidade de transparente azulado nas regiões mesial e distai, próximo a região incisai, para se criar um efeito de profundidade. Quando se trata de dentes envelhecidos, opte pelo uso de transparenteTR CiearouTRSuperCLear.
Aplique, entre os mamelos, uma fina camada de transparente Ciear para permitir passagem de luz. Desta forma, o técnico tornará mais evidente a presença dos mameios na estratificação. Quando quiser bloquear este efeito de luz, misture 50% de dentina com 50% de transparente Clear ou Superciear.
Aplicação das porcelanas de Dentina e Esmalte
Misture a porcelana de dentina com água destilada ou com líquido recomendado pelo fabricante até que se obtenha uma consistência cremosa. Depois aplique sobre a camada de porcelana opaca com um pincel de pelo de Marta ou com uma espátula pequena, começando na margem gengivo-vestibular da restauração metálica, assentado no modelo de trabalho.
Primeiramente desenvolva todo o contorno da coroa na porcelana de dentina com um pincel. Vibre a porcelana para condensa-la, absorvendo o líquido com um guardanapo.
A composição da porcelana de dentina é continuada com o pincel enquanto um guardanapo é mantido atrás da borda incisal para absorver a água.
Depois, esfregue-a com um pincel número 10 de condensação e de pelo de Marta. Todo o composto deve receber contorno excessivo.
Quando a porcelana estiver condensada e seca até uma consistência de areia úmida, remova a porcelana de dentina para a inserção da porcelana de esmalte.
A porcelana de dentina estende-se além do contorno final pretendido da coroa.
O padrão de translucidez desejado decreta a quantidade e o desenho dos cortes. Eles geralmente produzem alguma forma de chanfro no segmento inciso-vestibular do composto de porcelana de dentina.
A porcelana de dentina é cortada para permitir a inserção da porcelana incisal.
INCISAIS
Massa para ser aplicada para reproduzir o esmalte do dente.
PROCEDIMENTO TÉCNICO
Cubra toda face vestibular do dente com incisal, deixando cada vez mais fino o volume, na medida em que otécnicose aproxima da região cervical.
Remova a peça do modelo para realizar os retoques proximais, antes de realizar a queima da cerâmica. Corrija também o contorno cervical para evitar contrações indesejadas após a queima. Quando desejar criar um efeito amarelado na regiào proximal da restauração, adicione Intensivo de Dentina Honey Yellow (amarelo mel) e depois cubra de incisal sobre a camada.
Antes de levar a peça ao forno, verifique toda a aplicação para evitar queimas excessivas na peça.
Resultado da primeira queima. Se necessário faça desgaste para adaptar novamente a peça ao modelo.
A quantidade e a extensão são decretadas pelo padrão de translucidez desejado para a restauração.
Ele pode requerer a remoção de nada mais além dos ângulos.
Frequentemente os cortes nos ângulos inciso-proximais sobrepõem-se no centro.
Aplique a porcelana de esmalte para restaurar todo o contorno da restauração.
A porcelana de esmalte é adicionada com um pincel nas áreas de corte.
Use instrumentos ou pincéis de escultura para formatar os contornos finais da porcelana.
A porcelana de esmalte é aplicada até a face lingual. A fossa é modelada com um pincel. Condense a porcelana com um guardanapo a partir dos aspectos linguais e vestibulares.
A porcelana recente adicionada é modelada através da condensação com um guardanapo. As porcelanas disponíveis no mercado exibem contração linear significativa durante a cocção, e uma coroa metalo-cerâmica típica de um incisivo central, por exemplo, pode contrair 0,9 mm na borda incisal. Quando estiver concluída, a restauração deve ser maior no aspecto incisal para compensar tal concentração.
De lado a lado, faça com que a coroa fique 1/5 maior do que o tamanho desejado para compensar a contração de 20% que ocorrerá durante a cocção.
Remova cuidadosamente a restauração do modelo de trabalho funcional e adicione porcelana às áreas interproximais.
Harmonize a adição proximal ao contorno da coroa que ficar ao redor desta região.
Remova o excesso de porcelana do metal que não foi ceramizado na junção entre a porcelana e o metal.
Empurre a coroa para fora do troquel, colocando-se a ponta de um instrumento agudo sob a margem lingual de metal. Evite a margem de cerâmica enquanto se remove a coroa.
Enxugue qualquer rastro de umidade que tenha sido trazido à superfície por meio deste processo. Com um pincel, remova todos os fragmentos de porcelana que tiverem entrado na coroa.
O composto inicial é seco em frente ao forno durante vários minutos e depois é queimado a vácuo, até atingir a temperatura especificada pelo fabricante para o tipo de porcelana que está sendo usado.
Experimente novamente a restauração no modelo de trabalho e avalie os contornos. Os contatos proximais frequentemente estarão abertos.
Os contornos insuficientes poderão ser corrigidos através de adição da porcelana adequada. Remova a coroa do troquel e comprima-a contra o metal que não foi ceramizado, na ponta de uma pinça hemostática modificada, o que evita danos na margem. Adicione porcelana aos contatos proximais e misture-a aos contornos.
Queime a restauração a uma temperatura de aproximadamente 10° a 20° C menor do que a cocção inicial. A porcelana de fusão alta que está formando a margem vestibular não deve ser influenciada por estas cocções subsequentes.
Depois da cocção corretiva, a coroa pode não se encaixar perfeitamente ou pode ter outras deficiências pequenas.
Os ajustes são feitos na porcelana com discos de diamante, pedras de óxido de alumínio ou pedra de carborundum.
GLAZE
A massa de Glaze é totalmente transparente e tem por objetivo preencher todas as imperfeiçôes presentes na superfície da cerâmica.
Limpe a peça emjato de vapor ou ultrasson antes de aplicar massa de glaze.
Misture o pó de glaze com o líquido específico. Certifique-se de que a mistura tenha uma viscosidade que permita ao técnico a aplicação do produto em forma de espécie de “pintura”.
Use os Stains para pinturas extrínsecas. Sua propriedadefluorescente permite resultadosque irão surpreender suas expectativas.
Como os Stains são extremamente estáveis, pode-se fazer uso deles misturando com massas de cerâmica quando o técnico desejar criar efeitosainda mais evidentes na restauração.
Tratamento da superfície de Porcelana
Uma vez que o contorno e a oclusão desejada são obtidos, a restauração deve receber tratamento da superfície. Os três tipos de tratamento mais usados incluem:
1 – Glaze natural;
2 – Glaze aplicado;
3 – Polimento. Existem Kits de abrasivos de borracha e componentes de polimento disponíveis no mercado para polir a porcelana.
A porcelana é capaz de passar por glaze natural quando mantida em sua temperatura de fusão, sob o ar, durante 1 a 3 minutos. Muitos ceramistas preferem este tratamento, sentindo que ele conserva o caráter da superfície e a textura da porcelana.
O glaze aplicado é uma porcelana clara de fusão baixa, pincelada na superfície da restauração e depois queimada a uma temperatura de fusão muito inferior à da porcelana das dentinas e de esmalte.
Já que a porcelana perde sua capacidade de forma um glaze natural após múltiplas queimas, um glaze aplicado pode ser indicado em restaurações extensas que necessitaram de correções numerosas. No entanto, deve-se tomar cuidado para não queimar as porcelanas exageradamente. Ela pode voltar a um estado mais cristalino e sua aparência pode tornar-se leitosa ou embaçada, uma condição chamada de desvitrificação. A desvitrificação causa uma perda da aparência natural, e nenhum tratamento de superfície pode fazer a porcelana voltar ao normal.
O polimento pode ser usado em áreas de ajuste relativamente pequenas, tais como os contatos proximais e algumas áreas limitadas do contato oclusal. Tradicionalmente a superfície das porcelanas polida é considerada mais rústica do que a da porcelana glazeada.
TRANSPARENTES
Realize em uma segunda aplicaçào, utilizando as massastransparentes para criarefeitos naturais.
Nesta etapa, o técnico pode criar efeitos translúcidos de várias tonalidades.
PROCEDIMENTOS TÉCNICOS
Limpe a peça em jato de vapor ou ultrasson antes de aplicar a segunda camada. O uso das massas TR Opal e IR Clear são importantes para melhorar os resultados da restauração.
Quando o técnico precisar criar efeitos na incisal, podem ser usados os intensivos de incisal que tenham efeito esbranquiçado, rosado, alaranjado. Existe, também, a possibilidade de neutralizar estes efeitos fazendo uso do IS 9, misturando com as outras massas de efeito incisal. Observe que na borda incisal o técnico optou pela colocação deintensivode incisal esbranquiçado IS 7.
DICA !
A massa de TR Opal pode ser misturada com a massa de TR Clear para diminuir o efeito opalescente. Aplique ‘faixas intercaladasdasmassastranslúcidas.
Use o Transparente Opalescente onde há maior volume de esmalte, pois este efeito torna-se, em alguns casos, evidentes nestas regiões. Intercale com outras massas translúcidas para se criar um efeito mais natural. Neste caso, pode ser aplicada massa TR CLear, TR Superclear, IR Neutral e TR Blue, ou até mesmo qualquer intensivo de incisal quando desejar uma pigmentação na superfície do esmalte dentário.
Acabamento e Cimentação
A porção metálica é concluída da forma descrita previamente. As porções cerâmicas são manuseadas quase da mesma maneira que as restaurações de cerâmica.
Se os contornos ou a tonalidade serão substancialmente modificados durante a prova, a restauração pode ser deixada sem glaze até que todos os ajustes sejam feitos. Os contatos proximais insuficientes e os espaços marginais devem ser corrigidos durante a consulta, ao lado do paciente, ou a restauração deverá retornar ao laboratório.
ACABAMENTO
Use brocas e discos apropriados para desgaste de cerâmica. O uso destes, em outros materiais podem causarsérios riscosde contaminação indireta, resultando em bolhas indesejáveis. Tenha um conjunto de brocas e discos de uso exclusivo para ceramica.
Crie textura na superfície da restauração com brocas. Finalize o acabamento com discos de borrachas impregnados com abrasivos cerâmicos (ex: Exacerapol).
Reproduzir as irregularidades superficiais da restauração (textura), aumenta significativamente os resultados após a instalação da prótese.
Faça uma confirmação prévia dos resultados anatômicos, utilizando purpurina nas cores prata ou ouro.
Modificação de Tonalidade
Se a tonalidade de uma coroa metalo-cerâmica é muito escura (seu valor é muito baixo), é quase impossível clareá-la através das alterações cromáticas padronizadas, em tornar a aparência do dente exageradamente opaca. No entanto, se ela for muito clara (seu valor é muito alto), poderá ser modificada. As linhas de fratura e áreas de descoloração também podem ser simuladas para dar uma aparência mais natural.
TECNICA DE PRENSAGEM ALTERNATIVA
Buscando suprir a necessidade de reduzir a friabilidade das cerâmicas dentais, um processamento cerâmico, recentemente apresentado, possibilita um aumento de tenacidade à fratura, de cerâmicas reforçadas com leucita. Este processo é a prensagem uniaxial a frio, que está apoiado no controle reológico da massa cerâmica, através da introdução de um líquido aditivo, composto a base de um ligante orgânico. Quando incorporado em produções adequadas ao pó cerâmico, esse aditivo viabiliza a conformação de uma peça toda cerâmica.
A prensagem uniaxial proporciona uma condensação mais eficaz dos pós-cerâmicos, ao realizar um empacotamento na quantidade de fases cristalizadas, na sua microestrutura, que resulta em maior tenacidade à fratura do corpo cerâmico prensado. Teste comparativo entre peças padronizadas da mesma cerâmica, obtidas pelos processos, convencional de estrutura e de prensagem uniaxial, indicou um aumento médio de tenacidade à fratura, de 264%, das peças cerâmicas prensadas. Pode-se alcançar um valor de tenacidade à fratura, para a peça prensada, de Kic = 2,1MPa.m_0.5, enquanto, para a cerâmica convencional, um valor médio em torno de Kic = 0.5 MPa.m _0,5.
Nas imagens das fotomicrografias digitalizadas, mostram os comprimentos das trincas, originadas pela impressão de dureza, nas amostras cerâmicas convencionais e prensadas. Esses comprimentos são usados, para se calcular os valores de tenacidade à fratura. Através de um padrão de 1,0 mm, do microscópio ótico, pode-se realizar a medição do comprimento das trincas impostas na superfície. Aproximadamente C= 1,35mm, para a amostra convencional, e aproximadamente C= 0,27mm, para a prensada. Análise de variância das amostras testadas indica que o teste comparativo, entre peças cerâmicas, obtida pelos processos convencionais e de prensagem, comprovam um aumento significativo de tenacidade à fratura, das peças obtidas pelo processo de prensagem uniaxial de cerâmica dental. Esse resultado possibilita uma nova perspectiva de emprego, da própria cerâmica já usada pelos profissionais dentas, ao permitir a obtenção de peças, toda cerâmica, com alta tenacidade à fratura.
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