2ºANO PF - Prótese Fixa

       


LISTA DE MATERIAIS 2ºANO PF
Acertados








Conteúdo Programático 2020




 MANUAL DE PRÓTESE FIXA

MOZAR MARTINS DE SOUZA
MATERIAIS E TÉCNICA DE MOLDAGENS EM PRÓTESE FIXA

         A moldagem é um conjunto de operações clínicas com o objetivo de reproduzir negativamente a cavidade bucal. Dependendo do material utilizado a moldagem poderá ser rígida ou elástica. Os materiais mais utilizados em prótese fixa são aqueles que, ao serem retirados da boca, apresentam-se elásticos. Destes modelos de dentes e estruturas adjacentes pode-se obter o modelo que é a reprodução positiva da boca.
         Para que a restauração possa ser feita com precisão, o modelo de gesso deve representar uma duplicação a mais exata possível do dente preparado. Isto significa obter uma moldagem isenta de distorções, que deve preencher os seguintes requisitos:
         Deve ser uma representação exata do dente, incluindo a área de preparo e suficiente superfície de dentes não preparados, para permitir ao dentista e ao protético visualizar com segurança a localização e configuração da linha de término.
         Os dentes e tecidos vizinhos ao dente devem ser exatamente reproduzidos para permitir uma boa articulação do modelo e o contorno adequado da restauração.
         O molde de preparo não deve apresentar bolhas de ar, especialmente na área de linha de término.


CONFECÇÃO DE TROQUÉIS

Troquel:
É o modelo individual do dente preparado sobre o qual será esculpido o padrão de cera.

Função do Troquel:
1 – Permitir que se tenha acesso às áreas proximais e de vedamento periférico.
2  - Assegurar a adaptação interna do padrão de cera e da futura restauração metálica fundida na área marginal ( linha de término do preparo).

Sistemas Básicos de Troquel:
1 – Troquel isolado (primeiro vazamento).
2 – Troquel removível – pinos maciços.
Característica do troquel:
1 – podem ser confeccionados em pinos ou totalmente em gesso (maciço).
2 – Deve possuir um cabo de aproximadamente 2,5 cm.
3 – Seus contornos devem assemelhar-se aos de um dente natural.
4 – Sua linha de término deve ser acentuada com lápis.

Os Troqueis podem ser confeccionados com:
1 – Gesso pedra especial.
2 – Cimento de silicato.



O cabo de um troquel deve possuir comprimento suficiente para ser manuseado com facilidade devendo, para isso, medir cerca de 2,5 cm.


    
Os contornos de um troquel devem ser semelhantes aos de um dente natural.

Observações sobre pinos para confecção de troquel.
Os pinos para troquel são encontrados no mercado odontológico em vários formatos e materiais. Os mais utilizados são os pinos metálicos, podendo ser simples e de vários tamanhos (de acordo com o dente preparado). São indicados para dentes anteriores ou posteriores. Os duplos, sendo sua utilização e posicionamento a critério particular de cada profissional. São mais indicados para dentes posteriores.



































































































ARTICULADOR COM TROQUEL DE PINOS

2020


















































VAZAMENTO DE MODELOS
INTRODUÇÃO:
O modelo de trabalho é o mais importante ponto de base para a execução dos trabalhos protéticos, e sobre ele que todos os passos técnicos devem ser executados. Para tanto, deve ser obtido com um material capaz de reproduzir com fidelidade a anatomia das áreas bucais a serem tratadas. Quase que universalmente, os gessos dentais tem sido o material requisitado para este fim, por   apresentarem fácil manipulação e características favoráveis às finalidades específicas a que se destinam.

VAZAMENTO DE MODELOS COM TROQUÉIS REMOVÍVEIS
A superfície do modelo de trabalho e a superfície do troquel devem apresentar-se duras o suficiente para resistir à abrasão durante a confecção do padrão de cera. Portanto, para a confecção do modelo de troquel, deve-se usar um gesso especial extra-duro.
São estes os procedimentos laboratoriais executados durante a confecção do modelo com troquel:
1 – Equipamentos, materiais e instrumentais devem estar sempre no local de vazamento, limpos e secos.
2 – De posse da moldeira com o molde deve-se analisar bem os preparos, verificando se os mesmos foram copiados com exatidão.
3 – Fazer a descontaminação do molde.
4 – Eliminar a tensão superficial, quando necessário.
5 – Antes de usar o gesso, misturar suas partículas no recipiente.
6 – Marcar com lápis cópia os locais onde serão colocados os pinos.
7 – Manipular o gesso especial, respeitando a indicação da relação água/pó recomendada pelo fabricante.
8 – Observar o tempo de manipulação e a consistência do gesso.
9 – Retirar o gesso do recipiente com uma colher bem seca.
10 – Manipular o gesso no gral, trazendo-o para a borda do mesmo e vibrar suavemente até depositá-lo no fundo.
11 – Manter o gral encostado no vibrador, durante o vazamento.
12 – Colocar pequena quantidade de gesso especial, manipulado sob vibração mecânica, com o auxílio de um pincel ou gotejador os dentes preparados.

Observar o gesso correr nos preparos, até que cubra somente a área dentada, o suficiente para se fazer o preparo do troquel.
13 – Durante este procedimento deve-se atentar bem para a área de preparo, a qual deve estar isenta de bolhas de qualquer natureza, observando o posicionamento do dente preparado a fim de se localizar os pinos do troquel.
14 – Pequenas retenções deverão ser confeccionadas fora da área de troquel, de modo que o desprendimento do restante dos dentes não preparados, quando os troquéis forem seccionados.
15 – Posicionar os pinos na área de preparo, antes que o gesso tome a presa final, o que poderia ocasionar a fratura do modelo nesta região.
16 – O posicionamento dos pinos pode ser feito manualmente ou mecanicamente, ficando um passo discutível. A face lisa do troquel deverá ser direcionada para Mesial ou distal do preparo a fim de facilitar a secção do troquel.
17 – Uma vez que o gesso especial tomou presa, deve-se isolar com vaselina líquida a região de gesso em volta do pino de troquel. Deixar secar e isolar novamente. Nunca usa isolante de película ou pastoso.
18 – Colocar uma bolinha de cera utilidade em cima de cada pino.
19 – Manipular o gesso pedra respeitando a indicação do fabricante, quanto á relação de água/pó, e colocar sobre o gesso especial cobrindo o molde. Não usar o vibrador para este procedimento.
20 – Fazer as devidas retenções para montagem no articulador.
21 – Colocar as moldeiras sobre uma área plana, sem vibração, durante a presa.
22 – Marcar tempo de pressa recomendada pelo fabricante.
23 – A moldeira não deve ser tocada nem movida de lugar, antes da presa final do gesso.
24 – Limpar equipamentos, instrumentais e pias imediatamente após o uso.
25 – O armazenamento do gesso deve ser feito em recipientes vedados, à prova de água e em local seco.

Obs.: Fazer o vazamento do modelo antagonista, caso tenha área de preparo, seguindo os mesmos passos acima citados. Os troquéis só deverão ser seccionados após a confecção do padrão de cera.

PREPARO DO TROQUEL

1)   – Delimitação: com um lápis, delimitar a área de trabalho, ou seja, a linha de contorno do preparo;
2)    - Seccionar: marcar com lápis as paredes do troquel. Estas não devem ser totalmente paralelas e sim mais convergentes para o terço apical;
3)    - Soltar os troquéis;
4)    - Retocar a Mesial e a distal do padrão de cera;
5)    - Desnudar o troquel para fazer o bisel da peça, acrescentar cera no ponto de contato;
6)    - Fazer o vedamento periférico.


Troquel seccionado com uma serra para troquel, deixando visível o orifício de posicionamento no modelo.

ACABAMENTO DAS MARGENS DO PADRÃO DE CERA:
                      A margem é uma área de importância crítica em qualquer padrão de cera. Enquanto um boa margem pode não garantir o êxito de uma peça fundida, uma deficiente pode, quase sempre, garantir o seu fracasso.
                      Um princípio de importância fundamental é o de não se aproximar do troquel com instrumento cortante. Qualquer instrumento de borda afiada que possa remover material do troquel durante a escultura das margens de cera, produzirá um peça fundida que não se ajustará no dente preparado.
                      Verifique com todo cuidado se a margem apresenta algumas das seguintes falhas:
1 – Margens com excesso de cera:
                      Nas áreas em que a cera ultrapassar a linha de termino, poderão ocorrer fraturas; ouse remover o padrão do troquel, dando lugar a uma margem recuada, mais curta que a devida. Se esta área em excesso não se quebrar durante a remoção do padrão, ela pode retornar à forma original. Uma vez fundido o padrão de cera, peça fundida, não se adaptará completamente ao preparo.
2 – Margens curtas:
                      Uma margem que não tenha sido encerada até a linha vermelha de demarcação, não fornecerá um selamento adequado da restauração terminada.
3 – Ondulações:
                      Qualquer rugosidade da cera, nas proximais da margem será duplicada na peça fundida. Se permanecerem na restauração terminada e cimentada estas peças rugosas servirão como ponto de retenção para placas que produzirão irritações i inflamações nos tecidos gengivais próximos.
4 – Margens expressas:
                      Margens expressas ou arredondadas, resultarão em selamento deficiente das restaurações e os contornos axiais falhos que, com o tempo originarão problemas periodontais.
As margens do padrão de cera tem que terminarem em borda fina.

5 – Margens abertas:
                      Pode ser o resultado de qualquer das falhas acima mencionadas.

 Para obter margens ajustadas é preciso prestar muita atenção aos detalhes. As margens do padrão de cera devem ser brunidas e fundidas, assim como esculpidas para assegurar, adaptação íntima da cera ao troquel na área marginal.




- Acrescentar cera com instrumento.




Uma depressão fica na borda.






- Cera excedente é retirada com instrumento.



- Verificação da borda pela apical.




- Limpeza das fissuras nos troquéis com uma bola de algodão embebida em material isolante.




- Elaboração das bordas com Hollemback. Alise as superfícies axiais com um rolo de algodão e material isolante para troquéis.




INCLUSÃO DO PADRÃO DE CERA

                      Padrão de cera é a reprodução precisa, em cera, da estrutura dentária perdida. Cuidados essenciais devem ser tomados durante a sua confecção.
                      A inclusão consiste em envolver o padrão de cera com um material que duplique com exatidão, a sua forma e detalhes anatômicos. Durante o processo de inclusão deve-se ter conhecimento de que as ligas metálicas odontológicas usadas na confecção de restaurados metálicos fundidos, apresentam contração na solidificação. Portanto, torna-se necessário compensar essa contração através de uma expansão semelhante no revestimento.
                      O revestimento sofre, ocasionalmente, momentos de expansão.

1)   – Expansão de presa: Ocorre pelo crescimento normal dos cristais de gesso, quando a água adicionada a um revestimento, é uma expansão controlada pelo tempo;

2)    - Expansão térmica: Ocorre quando o anel contendo material incluído recebe um tratamento que vai da temperatura ambiente à temperatura elevada no interior do forno (650° C a 750°C), na qual é realizada a fundição do metal.
Vimos, então, que o revestimento cumpre três importantes funções que são a saber:
                  1 – Reproduzir precisamente a forma anatômica do padrão de cera;
                  2 – Resistir e suportar o aquecimento da queima do padrão de cera e da injeção do metal fluído na centrifugação;
                  3 – Compensar a contração da liga metálica odontológica.


Preparo do padrão de cera com pino formador de canal de alimentação (sprue):

1)   – Uma vez confeccionado o padrão de cera, a atenção deve ser dirigida ao seu acabamento marginal, a fim de se evitar distorções e infiltrações posteriores;
2)    - Todo trabalho protético, depois de terminado o enceramento, deve ser imediatamente incluído em revestimento, para evitar distorções do padrão de cera.

Posicionamento do sprue para formação do canal de alimentação:
1)   – O sprue deve ser posicionado na área de maior volume de cera, respeitando uma inclinação de 45° graus com uma porção intermediária de cera, a fim de se evitar distorções de várias naturezas. O diâmetro do pino de canalização depende do volume do padrão de cera.
2)    - Revestir internamente o anel de fundição com uma tira de amianto, afim de compensar os momentos de expansão do revestimento e facilitar a remoção da peça metálica fundida. A tira de amianto deve ficar 5mm aquém da borda do anel.
3)    - A adaptação do conjunto padrão de cera/ pino de canalização, na base formadora de cadinho, deve ter reforço de cera para incrustação, ao redor do sprue.
Este procedimento merece atenção para evitar deslocamento durante o preenchimento do anel com revestimento manipulado.
4)   – Hidratar o amianto.
5)    - Aliviar as tensões superficiais do padrão de cera (anti-bolhas).
6)    - Observe os detalhes a serem verificados durante uma inclusão.
7)    - Manipular o revestimento respeitando a relação água/pó.
8)    - Aplicar revestimento sobre o padrão de cera, com um pincel limpo, estando todo o conjunto sobre o vibrador (técnica convencional).
9)   - Adaptar o anel com o revestimento aos poucos, sob vibração, sem deixar cair revestimento diretamente sobre os padrões de cera, até a borda do anel.
10)                                 – Completar o anel com o revestimento, aos poucos, sob vibração, sem deixar cair revestimento diretamente sobre os padrões de cera, até a borda do anel.
11)                                 – deixar tomar presa por no mínimo, 2 horas.
Obs.: Se a fundição for feita alguns dias após a inclusão, devemos hidratar o anel por aproximadamente 1 minuto, para evitar trincas no revestimento.
Detalhes a serem observados numa inclusão:
1)  – A distância do padrão de cera à extremidade do anel, deve ser de no mínimo 6mm.
2)   - A distância do padrão de cera à tira de amianto, deve ser de no mínimo 3mm.
3)   - A distância de um padrão de cera ao outro, deve ser de no mínimo 2mm.

Câmara de compressão:
                   É uma pequena porção de cera acrescida ao pino de canalização (sprue). A câmera de compensação funciona como um reservatório de metal fluído que vai alimentar a peça fundida. Portanto deve ser posicionada no centro térmico do anel.
Existem outras técnicas de inclusão:
- boneca; - Vácuo; - Higroscópica.

Obs. Higroscópica: água a 38° C por 30 minutos e forno a 150° C.








APOSTILA DE PRÓTESE FIXA

 NA BARRA DE INICIO COM O TÍTULO 

                                           Prótese Fixa




Núcleos com finalidade protética
   O objetivo principal do uso de Núcleos (pinos) é a reposição previsível da estrutura dental perdida, facilitando o suporte e retenção da coroa. Considerações importantes sobre esse procedimento incluem prognóstico em longo prazo, habilidade do Núcleo em suportar estresse, facilidade de colocação e remoção, compatibilidade do núcleo com outros materiais restauradores e saúde dos tecidos de suporte.
   O Núcleo ideal deve fornecer retenção a coroa de tal maneira que a coroa cimentada ou reconstruída não perca sua adesão e transferindo forças de uma maneira estratégica para o dente, de forma a não provocar susceptibilidade à fratura da raiz.

Núcleos diretos
São núcleos feitos pela técnica direta, executados exclusivamente pelo cirurgião dentista diretamente no dente a ser preparado na boca do paciente. Por ser um procedimento exclusivamente clínico, não cabendo aí portanto a participação do técnico de próteses dentárias (TPD).
Ainda deste grupo fazem parte os núcleos ósseos ou dentários, feitos a partir da própria estrutura dentária, onde o cirurgião dentista, utilizando-se de brocas e lâminas adequadas lapida o dente, reduzindo seu volume, dando-lhe a forma de um micro dente ou núcleo, com a finalidade de suportar e fixar uma prótese. E ainda os núcleos por adição de materiais específicos como os núcleos estéticos diretos fibro-resinosos.

Núcleos indiretos

São confeccionado pela técnica indireta nos laboratórios de prótese dentária, a partir de padrões previamente esculpidos sobre modelos de gesso (modelo de trabalho) ou diretamente sobre a raiz do dente, e posteriormente fundidos com ligas metálicas apropriadas.
Normalmente metais de média e baixa fusão, por se tratarem de ligas macias e fáceis de serem usinadas. E ainda os núcleos estéticos indiretos, fundidos em cerâmicas aluminizadas específicas para esta finalidade.

Núcleo metálico fundido

A mais antiga das técnicas, conhecida há quase 100 anos, é a confecção de núcleo metálico fundido direto, onde há um preparo do conduto radicular e, após a moldagem com resina ou cera, o padrão é fundido com uma liga metálica nobre ou básica. Tem-se, então, uma porção radicular com conformação cônica, que copia o preparo da raiz e uma porção coronária que restabelece as estruturas dentinárias perdidas, tornando o dente apto a ser restaurado. Consideram que essa técnica preenche melhor os objetivos a que se destinam, pois estes núcleos são muito resistentes, versáteis e permitem uma melhor adaptação ao canal radicular. Contudo, esta forma de reconstrução apresenta algumas desvantagens, como a necessidade de maior número de sessões clínicas, envolvimento de procedimentos laboratoriais, custo mais elevado e remoção de maior quantidade de estrutura dental, muitas vezes sadia, para que não se induza uma grande tensão na entrada do canal radicular.

Na tentativa de se suprir deficiências dos núcleos metálicos fundidos, como estética desfavorável e a necessidade de fase laboratorial, surgiram os Núcleos Pré-Fabricados.

Núcleos Pré-fabricados

Hoje, há disponíveis no mercado mais de 75 sistemas, de diferentes materiais e distintos desenhos. Os sistemas de pinos pré-fabricados tornaram- se muito populares entre os profissionais, principalmente pela sua facilidade de uso e pelo seu baixo custo. Em relação aos tipos de material, os pinos pré-fabricados podem ser divididos entreMetálicos e Não Metálicos. Os Núcleos metálicos, geralmente, são confeccionados em aço inoxidável. O uso de tal modalidade de liga sofreu redução significativa com as discussões em torno do potencial alergênico do níquel (Aço Inoxidável = níquel + cromo), o que contribui significativamente para o aumento no uso dos pinos metálicos de titânio, os quais são bio compatíveis. Os Núcleos pré-fabricados metálicos podem ser divididos em Passivos e Ativos. Os ativos cônicos podem apresentar sua superfície lisa ou com micro-retenções do tipo serrilhamento. Estes são cimentados no canal radicular e a fixação ocorre às expensas do cimento e das retenções no núcleo. Os núcleos passivos cônicos, por sua vez, são inerentemente menos retentivos devido ao desenho e à superfície lisa. Os pinos metálicos passivos paralelos são mais retentivos que os passivos cônicos, no entanto, possuem a desvantagem de necessitar de ampliação do canal para sua acomodação, principalmente na região apical, o que aumenta o risco de perfuração radicular e tensão nesta região. Já os pinos metálicos ativos impõem atividade ao canal, ou seja, geram grandes tensões uma vez que possuem fresas laterais e são rosqueados e/ou travados na parede dos canais no procedimento de fixação. Essa desvantagem limita o seu uso apenas em casos muito particulares, e mesmo assim com muita precaução, pois a possibilidade de fratura é grande. Mesmo com esta desvantagem, deve-se reconhecer que os núcleos ativos são os mais retentivos de todos os tipos de núcleos pré-fabricados, o que os indica para casos de canais com pouca profundidade, seja por causas naturais ou acidentais, que impossibilitem o acesso a toda a extensão do canal.

Já os pinos não metálicos podem ser divididos em cerâmicos, de fibras de carbono e de fibras de vidro. Os pinos cerâmicos objetivam aliar as propriedades positivas dos pinos metálicos, com as vantagens de um material mais estético e inerte aos tecidos vivos. Os núcleos cerâmicos pré-fabricados, geralmente, são confeccionados com óxido de zircônio razão pela qual sua resistência flexural é similar à dos pinos metálicos e maior que a dos pinos de fibra de carbono. Os pinos cerâmicos, por apresentarem alto módulo de elasticidade, são menos susceptíveis às falhas adesivas durante a função mastigatória, além disso, por serem mais rígidos, permitem o uso de núcleos com menor diâmetro, o que preserva a estrutura dental e reduz as chances de fratura radicular. Nos pinos cerâmicos, há duas formas de se construir a porção coronal: o preenchimento com resina composta, que é o mais simples, rápido e barato, e o procedimento cerâmico, que é executado no laboratório e consiste de completar o preenchimento radicular e construir a porção coronal com material cerâmico. Os pinos pré-fabricados de fibra de carbono foram introduzidos devido à necessidade de uma alternativa aos pinos metálicos que apresentavam problema. Como o próprio nome diz, esses pinos são constituídos por fibra de carbono com cerca de 8 μm de diâmetro, arranjados longitudinalmente e envelopados por uma matriz de resina epóxica, o que lhes confere alta resistência mecânica. Uma característica dos pinos de fibra de carbono é sua flexibilidade, a qual é divulgada pelo fabricante como sendo similar à da estrutura dentinária e, por consequência, como uma grande vantagem.
Os pinos pré-fabricados de fibra de vidro, são muito recentes e são necessárias maiores informações laboratoriais, bem como resultados clínicos longitudinais para sua avaliação de forma concreta. Por ser composto de fibra de vidro envolta por material resinoso, o pino prevê refração e transmissão das cores internas através da estrutura dental, porcelana ou resina, sem a necessidade do uso de opacos ou modificadores e, além disso, adere-se quimicamente às resinas para uso odontológico, não necessitando de qualquer tratamento de superfície

Concluiu-se que, apesar de toda a evolução das técnicas e o desenvolvimento dos novos materiais, não se conseguiu chegar ao que seria chamado de pino ideal. Entre os vários tipos de pinos pré-fabricados existentes no mercado, ainda há indicação específica para cada um deles. Não tendo, ainda, surgido um tipo de pino com material e técnica que solucione todos os casos. Pode-se concluir também, que os núcleos metálicos fundidos, apesar de serem uma opção para restauração de dentes tratados endodonticamente das mais antigas, ainda continuam sendo muito empregados, e quando bem indicados, proporcionam resultados clínicos satisfatórios.





NUCLEO METÁLICO FUNDIDO
São vários os tipos dos dispositivos que chamamos de núcleo, os quais veremos todos, porém o que será visto agora é o chamado núcleo metálico fundido.
Este dispositivo será usado sempre que o dente      estiver      comprometido endodonticamente - isto quer dizer com problemas relativos ao seu canal ( polpa )-, e com remanescente dentário insuficiente para reter uma prótese fixa. Nestes casos deve ser confeccionado o núcleo contendo uma porção coronária - referente a coroa dentária - e uma porção radicar - que se fixa no interior do canal previamente preparado.
Para que tal técnica possa ser executada, o cirurgião - dentista deve fazer o preparo do canal que já terá seu tratamento endodóntico realizado, esse preparo será feito com o auxilio de brocas apropriadas e deverá deixar o canal com um formado cónico, sendo que o ápice do come coincide com o ápice do dente. Após o preparo o canal será moldado, para esse procedimento o profissional poderá lançar mão de diversas técnicas, o importante é que o moldagem propicie uma ótima cópia do interior do canal e da região de margem gengival.
Este molde chega as mãos do técnico que executará o vazamento do modelo, afim de obter a réplica do canal. A partir dai será confeccionado o padrão para fundição que poderá ser feito de cera, acrilico ou dos dois materiais, neste último caso a porção coronária é moldada com resina acrílica e a porção coronária é esculpida em cera, O importante é que a região interna do canal no modelo será muito bem isolada para que o material ali inserido possa ser removido inteim com facilidade e sem danificar a forma do padrão para que se possa garantir a correta posterior adaptação da peça na boca.
Para que este tipo de núcleo seja confeccionado ele deve obedecer alguma regras que deve ser seguida que se alcançar o sucesso das funções do núcleo
4. 1º - A porção coronária deve ocupar 1/3 da altura do núcleo, ou no mínimo 1/2.
5. 2º - A porção coronária deve ter a forma cônica.
6. 3º - A porção coronária deve ser esculpida seguindo as normas de retenção
Após a confecção do padrão, este está pronto para ser fundido, neste passo iniciará a montagem de anel de fundição.
O padrão do núcleo será fixado a um sprue -canalização de cera - e este fixado a uma base de silicone, após posicionado o padrão será colocado sobre a base de silicone um cilindro que pode ser metálico ou de silicone. Se for usado o cilindro metálico, este deverá ser revestido por duas camadas de uma tira de amianto, no caso do cilindro de silicone o amianto é dispensado.
O próximo passo é preparar o revestimento refratária e efetuar o vazamento dentro do cilindro acoplado à base de silicone, este conjunto é chamado de anel de fundição.
O anel é depositado no interior do forno de fundição ou forno de expansão para que a cera seja eliminada do interior do anel e que o anel seja expandido. O aquecimento do wiel sempre terá temperatura compativel a da fusão da liga metálica ser usada, dessa forma a expansão do refratário e da liga metálica são compatíveis, o que garante a proporcionalidade do tamanho da peça.
O recipiente de fundição - cadinho _ é posicionado na centrifuga e a fundição da liga metálica e feita com o auxilio de um maçarico, e o anel é encaixado a ele, logo em seguida a centrifuga é acionada e a liga fundida éinjetada dentro do anel. Após o resfriamento do anel ocorrer o mesmo é quebrado e retira-se do seu interior a peça que antes estava em cera, agora em metal.
Para finalizar o processo o núcleo é retirado do sprue e realizado seu acabamento sem polimento.
Coroa Provisória em acrilico

Prótese Fixa — Professor Ilário Núcleo Metálico Fundido

Núcleo é a reconstrução de um pilar ou munhão com fixação intrarradicular. Dividi-se em duas partes:
Pino — lntrarradicular
Munhão ou pilar — extrarradicular ( porção coronária).
O núcleo metálico fundido é usado sempre que existe remanescente dentário insuficiente para reter em prótese fixa.
Temos vários tipos de núcleos:
Simples: quando a raiz é única e está a nivel gengivak.
Estojado: quando envolve a raiz.
De preenchimento: quando há remanescente da coroa, porém não suficiente, completamos então parte com metal.
Com fratura de parte da raiz:   completa-se com formato de raiz até a borda gengival deixando a parte sub gengival bem polida. Faz- se então a confecção normal do núcleo. Bipartido — duas raízes divergentes
Tripartido — três raizes divergentes
É importante que a moldagem propicie uma ótima cópia do interior do canal e da região de delimitação da raiz. Para ser confeccionado o padrão para fundição, a região interna do modelo precisa ser muito bem isolada para que o material inserido possa ser removido inteiro com facilidade, sem danificar o formato da padrão para garantir uma correta adaptação da pela na boca.
O núcleo precisa ser confeccionado obedecendo algumas regras que precisam ser seguidas para que possa alcançar o sucesso de suas funções:
o comprimento ideal do núcleo deve ter 2/3 do comprimento da raiz;
o padrão de cera deverá ser esculpido num formato de um mini dente a ser substituído, sem retenções ( bossas ) com paredes externas paralelas ou pouco conicas para que haja certa fricção para melhor retenção da prótese.
O padrão de cera, após esculpido deverá ser incluído ( usando-se os sprices adequados para então ser vazado o revestimento.
Se for usado o anel cilíndrico metálico este deverá ser revestido por uma tira de amianto. Os revestimentos deverão ser de acordo com a temperatura de fusão dos metais:
- Para metas de alta fusão são indicados revestimentos fosfatados.
- Para metais de baixa fusão pode ser usado revestimento de baixa fusão ( grafitados e cristobalite).
Estes revestimentos deverão ter sua proporção líquido/pó de acordo com as recomendações do fabricante.
Após vazado o revestimento e este tiver tomado presa o anel é colocado no interior do forno de desidratação para que a cera seja eliminada do interior do anel e que haja a devida expansão do revestimento.
O aquecimento do anel sempre terá a temperatura de fusão da liga a ser utilizada.
É recomendado que se eleve a temperatura a 300ºC dando-se um tempo de 10 minutos aproximadamente nesta temperatura para que haja uma desidratação e expansão deste revestimento.
A temperatura final é de 700ºC para ligas de baixa fusão e aproximadamente 900ºC a 950ºC, para ligas de alta fusão, dependendo da liga utilizada.
O anel é depositado então no suporte para anéis da centrífuga e o metal no cadinho.
A fundição da liga é feita com o auxilio do maçarico.
- Para ligas de baixa fusão é recomendado maçarico, gás e ar.
- Para ligas de alta fusão é recomendado maçarico, gás e oxigênio.
A chama produzida pelo maçarico divide-se em 3 partes: oxidação, redução, combustão; sendo a chama redutora a utilizada para a fundição.
Em seguida a centrifuga é acionada e a liga fundida é injetada dentro do anel.
Após o resfriamento do anel é feita a desinclusão da peça.
Para finalizar o processo vem a usinagem com pedras e brocas apropriadas.

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